Passa o dia, a noite e a vida passa sem perceber Passa diante dos meus olhos que eu quero te ver Beba a água, o vinho e agora beba por inteiro o mar A sorver cada gota que insiste em cair do teu olhar Deixa a árvore, a folha e as raízes que tanto querem crescer Deixa brotar a semente e na terra florescer Quebra o berço, a grade e as fronteiras por muito não agüentarão Quebra a maldade que levas dentro do coração Não perca a cabeça, não perca a razão Por viver nesse abismo chamado civilização O tempo passa e a história se repete Trocou-se a espada pelo cassetete São tantos jovens - ninguém é inocente (tantos inconseqüentes) E trocam a própria vida - feito delinqüentes (por entorpecentes) Abra os olhos, as portas da alma a abrir os porões e os portais Abra a janela que mostra o horizonte do teu cais Corra na estrada aberta, feita pelos teus próprios passos Corra mas não se deixe cair em alguns dos teus laços Contra a dor ameaças e tudo que possa obstruir Contra declinações que por ventura podem te concernir Livra a mente dos ramos e da alma tudo que lhe é inerente Livra-se antes o corpo dos nós dessa corrente Os grandes líderes guardam as verdades Boas palavras na boca de covardes Todos querem prosperar, todos querem progredir Todos querem ver a ponte erguida, Mas ninguém a quer construir Vamos negociar cada privilégio nacional Prostitutas à venda em folhas de jornal.