Eu tava lá na praça Sorrindo e achando graça Quando de longe avistei Uma menina me olhando Com as outras conversando Eu ali observei Mas eu não imaginava Que a menina que me olhava De amor, fazia planos Só que em mim pensava E a menina que me olhava Só contava doze anos Ela olhou pra mim Sorrindo e me disse assim: Eu estou apaixonada! Embora muito criança Ainda tenho esperança De ser a sua amada Eu falei: Você é linda Mas é muito nova ainda Não me pense bem assim Não vou contra a lei divina Você é uma menina Muito nova para mim Ela ficou chorando E as lágrimas derramando No seu rosto pequeno Chorando ela dizia: Meu Deus que agonia Por que forte veneno? Eu fui me retirando E ela ficou chorando Entregue à nostalgia Disse cheia de desgosto: Essa lágrima do meu rosto Eu me vingarei um dia O tempo foi passando E a lembrança se acabando Esqueci aquela cena Um tempo mais para frente Em uma noite excelente Avistei uma pequena Mas eu não imaginei Que fosse a que desprezei Lhe dando tanto castigo Disse a uma amiga minha: Diga a aquela bonequinha Que venha falar comigo Ela recebe o recado Que eu estava apaixonado E queria lhe falar Ela veio aborrecida Com a voz estremecida Disse só pra se vingar: Sou aquela que sofreu Que você não me atendeu Não me quis não sei porque Não vá contra a lei divina Eu sou aquela menina Muito nova pra você Sou aquela que sofreu Que você não me atendeu Sem razão me fez sofrer Pra findar a sua sina Procure logo uma velhinha Que dê certo com você