Um gaúcho muito alto Quase dois metros e meio Dois revólver na cintura Um chapéu grande vermeio Cabeça de boi no lenço Bota preta até o jueio Arrastando um par de espora No lombo um baita de um reio Novidade no Rio Grande É quando um guasco mija Rio Grande terra de macho No Rio Grande não tem bicha Entrou no bar da esquina O povo calou a boca O gauchão era grande Maior do que um guarda-roupa Pôs em cima do balcão Uma guampa muito louca Mandou encher de cachaça Com pimenta dedo de moça Novidade no Rio Grande É quando um guasco mija Rio Grande terra de macho No Rio Grande não tem bicha Tirou as balas do revólver Arrancou o estanho nos dente Toda a pólvora do cartucho Despejou na aguardente Pôs formicida tatu E uma presa de serpente Com o cano do três oito Mexeu bem os ingrediente Novidade no Rio Grande É quando um guasco mija Rio Grande terra de macho No Rio Grande não tem bicha Um baixinho gritou alto Quando ele ia bebê Se bebê isso tu morre Tá ficando louco, tchê? O gauchão respondeu Bravo que nem lucifer (Bá tchê, viver pra que? Imagina, se o homem que amo não me quer, rapaz!) Novidade no Rio Grande É quando um guasco mija Rio Grande terra de macho No Rio Grande não tem bicha