Trovoadas lá no céu E um mar de sangue aqui no chão Nos jornais procuro um emprego Algo que me dê algum dinheiro Tedioso enredo, talvez um grande defeito Mas no atol se quebram ondas de esperança Pesado é nosso fardo de desilusões Minha obrigação renuncia à vaidade É... é verdade, está ficando tarde Não trago mais inspiração Mas o dom tem o mesmo tom Miragens no caminho camuflam os espinhos Inibindo a natureza, a grande beleza Da poesia juvenil do Brasil Tudo que espero É um reflexo sincero É pisar num bom terreno Sem sentir o gosto do veneno Todo lábio invejoso tem um beijo perigoso Oculta a atitude, desvirtua a juventude Pesado limbo, fardo de desilusões Minha obrigação renuncia à vaidade É... é verdade, está ficando tarde