As chuvas de São Paulo Não lavam a minha alma Como poderiam O que fazer com tanta lama? Aceitá-la, com a calma Dos tantos sóis que se apagam Com a lama das chuvas de São Paulo Vivo e viverei de goteiras As águas correntes (e sujas) Do meu teto imaginário Furarão minha alma e sapatos Sujarão o que resta Do meu mundo ressecado Desidratando os sentidos E desmaiando pedaços