Saí do meu trabalho muito aborrecido O meu patrão está quase falido Ele abaixou meu ordenado Meu senhorio está desesperado Não vê dinheiro desde o mês passado No armazém eu fiquei atrasado O meu salário já foi reduzido Estou perdido Veja você, no quitandeiro eu devo vinte e cinco Pago quando pudê, devo e não minto No açougueiro eu devo quarenta E essa conta justamente me atormenta E dois mês de casa a razão de trinta Divido o leite, deve a prestação Somando a conta e vorta tudo no cento e cinquenta Eu vou mandá você somá pra vê se dá Saí do meu trabalho muito aborrecido O meu patrão está quase falido Ele abaixou meu ordenado Meu senhorio está desesperado Não vê dinheiro desde o mês passado No armazém eu fiquei atrasado O meu salário já foi reduzido Estou perdido Veja você, saí do fogo e caí na água quente Minha nega não vai muito pra batente Gosta de comer muito engordurado E desta vez eu não dou conta do recado E na padaria tô endividado O meu peixeiro e o meu carvoeiro Foram os primeiros a ficar lesado Devo e não nega, minha vida à Deus entrego