Silêncio e pedra Molho a alma qual o rio Canoa e remo Misterioso igual tajã Temendo as chuvas Pesco aos olhos veraneiros De um céu inteiro Que reflete o Camaquã Andei no tempo Igual as águas, nada mais Por tempo sei Dos meus silêncios pensadores Igual a tantos Que, remando, anoiteceram Silêncio e pedra Um tanto mais que pescadores Alma e rio Dorme o cio de quem passou Junto à barranca que me viu Silêncio e medo Alma em cio Sabe o rio que em mim plantou Água e vida Que se escapam pelos dedos Silêncio e pedra Molho a vida em meio ao rio Remo e canoa Mais alerta que um tajã Temendo os ventos Sonho aos olhos veraneiros De um mundo inteiro Que remei no Camaquã