É madrugada e eu na beira da estrada A lua cheia minguada e de repente apareceu Um cavaleiro de bota e chapéu de couro Me lembrando um velho mouro Lá fiquemo ele mais eu Cruzou os pés, apiou do seu cavalo Dexou a rédea no talo de uma roseira sem flor Diz que seguia pelo mundo solitário E quebrava todo galho Apartando toda dor Quem não ouviu falar Quem não quis conhecer Aquele cavaleiro que vive pela fronteira Divulgando a reza brava do capim de ribanceira Aquele cavaleiro que vive pela fronteira Divulgando a reza brava do capim de ribanceira Enquanto o bule de café bulia a brasa da fogueira Refletia o seu olhar, eu pude ver Que ele sabia coisa até do outro mundo E essa noite eu fui aluno do seu estranho poder Com sete ponta duma rama trepadera E um ramo de avitera O meu corpo ele tocô Naquele instante me bateu uma zonzera E duma tosse cuspidera o velhinho me livrô E quem não ouviu falar Quem não quis conhecer Aquele cavaleiro que vive pela fronteira Divulgando a reza brava do capim de ribanceira Aquele cavaleiro que vive pela fronteira Divulgando a reza brava do capim de ribanceira