Com a marvada pinga, é que eu me atrapaio Eu entro na venda e já dou meu taio Pego no copo e dali num saio Ali memo eu bebo, ali memo eu caio Só pra carregá é que eu dou trabaio Oi lá! Venho da cidade e já venho cantando Trago um garrafão que venho chupando Venho pros caminho, venho trupicando Chifrando os barranco venho cambetiando E no lugar que eu caio já fico roncando Oi lá! A mulher me disse, ela me falô Largue de bebê, peço por favô Prosa de mulher, nunca dei valô Bebo com sol quente pra esfriá o calô E bebo de noite é pra fazer suadô Oi lá! Cada vez que eu caio, caio deferente Meaço pra trás e caio pra frente Caio devagá, caio de repente Vou de corrupio, vou deretamente Mas sendo de pinga eu caio contente Oi lá! Pego o garrafão e já balanceio Que é pra mor de vê se ta memo cheio Num bebo de vez porquê acho feio No primeiro gorpe chego inté no meio No segundo trago é que eu disvazeio Oi lá! Eu bebo da pinga porque gosto dela Eu bebo da branca, bebo da amarela Bebo nos copo, bebo na tigela E bebo temperada com cravo e canela Seja quarqué tempo vai pinga na goela Oi lá! Eu fui numa festa no rio tietê Eu lá fui chegando no amanhecê Já me déro pinga pra mim bebê Já me déro pinga pra mim bebê Tava sem fervê! Eu bebi demais e fiquei mamado Eu cai no chão e fiquei deitado Aí eu fui pra casa de braço dado Ai de braço dado é com dois sordado Ai muito obrigado!