Tenho minha pátria num basto Contrabandeada de allá E uma querência gateada Onde a alma enforquilhada Sabe bem onde ela tá Sou campo por conhecê-lo Sei do princípio e do fim E do campo vem meu sustento E quando desato um tento Meu laço fala por mim Esse verdor dos potreiros Que ofuscam a minha mirada De tanto verde que são Me bastam pra um coração E a mim não falta mais nada Pátria, querência e nação Trindade que hoje revivo E essa pátria quem governa É a força das minhas pernas E as botas firmes no estribo Sou mais um dos campeadores Que fez a pátria num basto Sou parte desse universo Sou um pedaço do verso E do Rio Grande sou rastro