Incapaz de sorrir mirando o meu carrasco Os dedos machucam a aprede de nervos Inclinada sob a dor Nenhuma rota ideal desvia o meu caminho De encontrar o seu caminho A regra é me enganar sentindo e respirando O seu aroma doentio Devore sem talher um ódio dedicado Qualquer sabor sadio agora é passado A rota ideal para fugir Ilustra a nova capa do meu cardápio Me dá a descrição do gosto enjoativo Que eu não vou mais deglutir Um crime em cada sintoma Com a santa doença imune ao julgamento Que existência frágil e livre pra mentir Só um leigo aprecia seu sabor sem refletir A rota ideal para fugir Ilustra a nova capa do meu cardápio Se afogue nessa sopa de gosto enjoativo Tão letal, tão insípido como traição Clínico, um mal sem restrição A existência fráfil e livre pra mentir Pra alguém que se comove Sem cura pra razão Cada crime e sintoma, cada qual sem punição Qualquer momento frágil de prazer Sucumbe lentamente À esse veneno resistente