Você quis retirar minha máscara mas eu nem pretendia vesti-la Você quis revelar sua ânsia quando já se escrevia ela inteira na face tua Eu conheço, meu bem o novelo do qual desenrola o "te quero" Aprendi que o amor é saber desatar esse nó do "te espero" Você pensa que eu tenho a resposta pra vida e ela pulsa, Pra nos explicar o porquê E a gente sempre trata de esquecer De que se ri? Se é sério o que pedem teus olhos De que se ri? Se meu sorriso é um dano velado é um lado, é um lado só é o lado que convém mostrar Eu não quis despertar uma lágrima pra depois lhe dizer que ela brilha Mas não pude evitar ser poeta e deixar que a palavra escorresse tão imatura Você quis ver de perto o tear que fabrica um artista o mistério Descobriu ser pequena a extensão desse fio do ardil pro sincero Um palhaço, ele é rei, ele atua, ele atua ele atua E chora sozinho depois que o circo está feito entre nós dois... De que se ri? Se é sério demais o que pedem teus olhos De que se ri? Será que é tão engraçada essa tontura essa tortura essa loucura? Se não fosse tão cruel dizer que o instinto às vezes se confunde com amor mentira Se não fosse tão cruel dizer que o silêncio do crente é o discurso do cético eu diria A flor, um teatro de cores a foto, um retrato de dores e palco pra amores imóveis Não viva de amores imóveis Por favor E siga em frente