Allan Constante

O Salto

Allan Constante


Quando eu lhe vi saltar
No escuro

Sem ter
Ou porquê
A mesma incerteza me assentou

Fez de mim uma morada
Outrora plena e habitada
Por cicatrizes nativas
De antigas madrugadas

Percebi, desse modo
O que você tenta esconder
E aquilo que prefere não dizer

Percebi, desse modo
O que você tenta esconder
E aquilo que prefere não dizer

Reinventamos
Felicidades
Embaladas em toxina

Recapturamos
Vontades
Oh, bem-aventurada serotonina

Reinventamos
Felicidades
Embaladas em toxina

Recapturamos
Vontades
Oh, bem-aventurada serotonina

Somos todos filhos do breu
Quando as luzes se apagam
E nesse interno escuro perdura
Saltar

Não por ter um porquê
Mas, por saber
A infindável obscuridade do que se é!