Meu Sol brilhava em um céu de cimento Tão leve adentrava meu apartamento Um ar meio cinza, meio brita, escoltava O medo que o vento trazia e me sussurrava Meu pranto é sem lenço é um medo expulso Vem ao seu tempo, quase um impulso Surge solitário e com rebeldia Evita se expor sob à luz do seu dia Só mais uma gota, um instante, um momento Escondo em meus olhos um velho lamento A angústia tingida, cromia e chapada O velho sussurro hoje não me diz nada Após o pranto mudou a paisagem Foi-se o medo e ficou a coragem E a alma leve pede passagem Minha alma leve pede passagem Minha alma leve pede passagem