Primeiro lenta e precisamente Arranca-se a pele Esse limite da matéria Mas a das asas, melhor deixar Pois se agarra à carne Como se ainda fossem voar As cochas soltas Soltas e firmes Devem ser abertas E abertas vão estar E o peito nu Com sua carne branca Nem lembrar A proximidade do coração Esse não! Quem pode saber Como se tempera o coração Limpa-se as vísceras Reserva-se os miúdos Pra acompanhar Escolhe-se as ervas, espalha-se o sal Acende-se o fogo, marca-se o tempo E por fim de recheio A inocente maçã Que tão doce me deleita Nos tirou do paraíso E nos fez assim sem receita