Mais uma vez em frente ao espelho Percebo que era a minha voz Era sobre o meu jeito, trejeitos, meus cabelos, o xuxus, os pelos Era neca, era uma regra O mundo quer peitos, comportamentos, unhas Uma pequena cintura, eu não tinha bunda Mas era meu edi e nunca meu coração Não era os meus gostos, nem os meus sonhos Eram as sem emoções Mas ainda era sobre a minha pele, quantos centímetros Era sobre tudo, tudinho, inteira Mas era eu inteira? O mundo me quer inteira E ainda me quer disposta Me usa como teste, como aposta Mas meu corpo é a própria prova Que o mundo me quer ativa e morta Mas agora é a minha vez Minha plenitude Minha atitude, o meu jeito, os meus trejeitos A minha neca, os meus dedos, a minha boca Agora é a minha vez, a minha volta A minha voz, o meu refugio O meu templo, agora é o meu tempo Então comece o dilúvio