Junto ao moinho cantando Lavam roupa as lavadeiras Os patos brincam nadando Arrulham pombos nas eiras As fontes da minha aldeia Murmuram, gemem em coro As águas que vão correndo Levam consigo o meu choro Às vezes contemplo o moinho Que além de velho, não cai Formado no casalinho Que era do pai do meu pai A luz que brilha no monte Que triste o vejo daqui É a luz humilde e pobre Do casal onde nasci Não queiras ir prá cidade Deixa-te estar, que estás bem Não tens amor à herdade Onde morreu tua mãe Moinho desmantelado Pelo tempo derruído Tu representas a dor Deste meu peito dorido