Mais uma noite perdida Mais uma noite de fado É mais um dia de vida A recordar o passado Amar demais, é doidice Amar de menos, maldade Rosto enrugado, é velhice Cabelo branco é saudade Saudades são pombas mansas A que nós damos guarida Paraíso de lembranças Da mocidade perdida Se a neve cai ao de leve Sem mesmo haver tempestade O cabelo cor da neve Ás vezes não é da idade Pior que o tempo, em nos pôr A cabeça encarnecida São as loucuras de amor São os desgostos da vida Para o passado não olhes Quando chegares a velhinho Porque é tarde e já não podes Voltar atrás ao caminho