Domingo eu ia pro Elite ver Antonieta Alguém me fez o convite de ir ao Bola Preta Pus o meu terno grafite, salto carrapeta Chamei a nêga Judite pra ir lá Ela deu logo um palpite - a nêga é de veneta De que não ia prestar Isola, que isso é caraminhola Pois um baile no Bola ninguém vai desprezar Cheguei no Bola otimista, assim é que se chega Peguei uma mesa de pista, tava de manteiga Fiquei ouvindo os artistas, esperando a nêga Eu tinha ali toda a vista do salão E ao som de Wilson Batista, veio uma galega E me pegou pela mão Caramba! A ruiva até que era bamba E eu caí no samba, que aquele samba era bom Quando eu já tinha arriscado Um puladinho, um cruzado, foi que a nêga Judite chegou Fiquei surpreso com a nêga que empurrou a galega E nessa hora que o tempo fechou Era puxão de cabelo, era mordida, unhada Chute, sopapo, pernada Foi só a nêga falar que lá não ia prestar Que o que ela fez não prestou