Recém virou meio-dia Venho a trote e casco O tanto que tenho e penso nas fronteiras do meu basto O gado alinha pro mato Sentindo o sol na carcaça E o céu cintilando a pampa Além da nuvem que passa Meu gateado atrás no pelo Mescla de doce e veneno E um suordor costumeiro O viço que tem nos buenos Até parece que a estância Assoleada se reflete Em cada pingo que chove na barrigueira do flete (BIS) Galpão grande o garreril Regressa ao mundo dos ganchos Encilham-se cavaletes Botas caminham pro rancho Ficam cordas recequidas E esporas de aço judiado De quem faz tempo e querência Lambendo o sal do gateado O campo bebe no açude O que foi no borbaceiro Que mata a sede nos couros Pra voltar em aguaceiro A cherga compôs no lombo Uma moldura de campo Pra espelhar o pago inteiro como quem chora o encanto Assim passam os dias Aguando estrada e galpão No destino natural de quem nasceu neste chão E o suor dos cavalos Verte a lida e água benta Pra benzer quem bebe vento sentindo o pago nas ventas(BIS) Galpão grande o garreril...