Quando cismado me abanco para alguns goles de mate Sempre a saudade bate transformando em nostalgia As coisas do dia a dia comuns de um veterano Que sentindo o peso dos anos já não tem mais alegria Não digas isto meu pai meu velho e querido amigo Pois estou junto contigo e se te sentires aflito Bombeia e prende-me o grito que eu dou um tempo pra lida Pois enquanto eu tiver vida tu não vais matear solito Te agradeço meu filho por toda tua bondade É a diferença da idade que nos separa o caminho Tu tapeias no focinho o velhaco por mais vivo E eu nem o pé no estribo consigo botar sozinho Não fiques triste meu pai se não fazes o que faço Se gineteio ou se laço coisas que não fazes mais Mais guapeando a vida vais arrastando a espora grande Sem ter ninguém que te mande nem patrão nem capataz Me convenceste piá me sinto fortalecido Assim não fico perdido no brete do esquecimento Juntando tento por tendo tranço o laço da saudade Da ilhapa da mocidade a presilha do pensamento Que lindo agora meu pai nós os dois matear de mano Eu moço, tu veterano, unindo força e a experiência Pra não cair em decadência os costumes dos rincões Nosso culto as tradições e o amor pela querência