Na pele o vasto breu da noite alta, Noite sem luar e sem fantasma Onde o rio calmo das estrelas corre por sua razão Reverência de um deus pagão Um deus pagão Na voz os pássaros do mundo, plástica do som O brilho, o timbre, a eloqüência da palavra sim Que acende túneis pedra adentro, a luz sobre o jardim Na voz promessa de futuro, Minas em mim O tom da pele, o tom da voz se misturando em mil Sentimentos, nascimentos, ventos do Brasil Cravo e canela, Índias Ocidentais E o sertão, o pão, o grão, o vão das gerais Das Gerais Das Gerais A voz nas estradas