A textura do livro que eu lia Era de realidade E eu assumia em todas as partes A ação da personagem. Na quinze sopraram seu nome pra mim Era um sinal da passagem Do nosso encontro na esquina da rua Com a universidade. Aquelas pessoas discutiam Nietzche E eu queria fazer arte: Falar tudo sobre a filosofia Da nossa felicidade. Então, você passa o perfume importado Que eu faço a minha barba rala Na 13 de maio eu a vejo, É a noite tirando com a nossa cara Para amanhecermos juntos na aula. Depois do café na cantina eu dizia Que o sentido da verdade Na reitoria ou nos bares do centro Era um beijo, cedo ou tarde. A textura do livro que eu lia Era de realidade E eu assumia em todas as partes A ação da personagem.