A vista mais rasgada me acompanha, eu já não sei Se tudo eu já vivi ou tudo isto eu só criei Eu caio no mundo O mundo pede o que eu não dou Eu dou meu medo O meu segredo ele não pede É só o que tenho, é o que sou. Com poucos dedos toco a flauta doce que me mata E tudo que ela cria tem um "eu" que me contrasta Se pedisse medo O medo teria pra dar Mas pede segredo Isto eu não crio Segredo nasce quando o espanto rasga os olhos devagar. Vai, vai carvão pinta noite e faz que me mata Não mata porque só morrer não basta Em um céu tão lindo numa noite calma Há um outro céu vazio que eu chamo "alma"