Não há ninguém que destrua Este amor que nos abrasa! Cada um gosta da rua Onde tem a sua casa! Quem na minha Alfama passa Vê-a toda embandeirada Porque o São João da Praça Porque o São João da Praça Assentou praça na armada! No alto mar, fomos nós sempre os primeiros Porque, afinal, foi destas pobres vielas Que saiu o Portugal que embarcou nas caravelas! Quem quiser, veja em espelhos! Quem não pede é porque é mudo! Vá à rua dos Remédios Que há remédio para tudo! Meu amor, amor sem fé Deixou-me por coisa pouca Mora nas cruzes da Sé E eu faço cruzes na boca!