Sobre as margens de uma estrada Uma simples pensão existia A comida era tipo caseira E o frango caipira era o prato do dia Proprietário homem de respeito ali trabalhava com sua família Cozinheira era sua esposa E a garçonete era uma das filhas Foi chegando naquela pensão Um viajante já fora de hora Foi dizendo para a garçonete Me traga um frango, vou jantar agora Eu estou bastante atrasado Terminando eu já vou embora Ela então respondeu num sorriso: Mamãe tá de pé, pode crer, não demora Quando ela foi servir a mesa Delicada e com muito bom jeito Me desculpe, mas trouxe uma franga, talvez não esteja cozida direito O viajante foi lhe respondendo Pra mim franga crua talvez eu aceito Sendo uma igual a você, seja qualquer hora também não rejeito Foi saindo de cabeça baixa Pra queixar ao seu pai a mocinha Minha filha mate outra franga Pode temperar, porém não cozinha Vou levar essa franga na mesa Se bem que comigo a conversa é curtinha É a coisa que mais eu detesto Ver homem barbado fazendo gracinha Foi chegando o velho e dizendo Vim trazer o pedido que fez Quando o cara tentou recusar já se viu na mira de um schimitt inglês O negócio foi limpar o prato quando o proprietário lhe disse cortês: Nós estamos de portas abertas, pra servir à moda que pede o freguês