chego até a casa que é a minha vida entro pela sala e vejo todos ali amigos e inimigos, os de ontem e os de agora os que já foram embora, todos que eu conheci os meus inimigos chamo para uma conversa sinto que a hora é essa se quiser me desculpar eles vão chegando um a um com certa pressa e sinto que estão dispostos a me perdoar mas que desculpas que nada só quero saber como vocês entraram aqui eu tenho a porta fechada pra quem não me quiser bem quem não quiser me ouvir subo para os quartos onde encontro meus amores os que terminaram bem e os que eu ofendi sinto uma mistura de euforia e de tristeza ao ver tanta beleza e perceber o que perdi vejo lá nos olhos dos que foram ofendidos a esperança de um alívio e de poder revidar mas se eu os ofendi, sei que houve um motivo não vou conceder alívio e nem fazer melhorar me corrói a alma, me falta a calma eu posso esquecer mas não sei perdoar não quero conselho, pra mim não tem jeito de eu me arrepender nem de me condenar