A mentira nutre a ira Que se torna vil, ingrata. A verdade flui ao som da lira Como doce e gentil cascata A mentira é uma serpente Vive sempre a se enrolar A verdade é perfeita semente Sempre tende a germinar A verdade é como um rio Corre limpo até o mar A mentira vem poluindo Não se pode controlar O rio alimenta a mata Como a verdade alimenta a alma A mentira envenena e mata Tira toda nossa calma Quando a mentira provoca A verdade vem e a sufoca É preferível uma verdade cruel Que uma mentira adocicada com fel Pois a verdade sempre tende a aparecer Enquanto a mentira nunca para de crescer Quem mente não tem futuro E vive sempre no escuro Pois foge da claridade Que emana a luz da verdade. A mentira é como cobra a rastejar Com sua língua afiada sempre pronta a atacar Nunca sabendo onde aferir seu bote Quase sempre a própria língua morde É tempestade em copo d'água Não demora a transbordar Nutre a dor faz surgir à mágoa Não se pode perdoar A verdade é uma fonte Não se pode aprisionar A mentira é um monte De formigas a beliscar A verdade é como brisa Que alivia o calor É como chuva leve e fina Vem desmanchando toda dor vai lavando o veneno Que a mentira exalou É preferível uma verdade cruel Que uma mentira adocicada com fel Pois a verdade sempre tende a aparecer Enquanto a mentira nunca para de crescer Quem mente não tem futuro E vive sempre no escuro Pois foge da claridade Que emana a luz da verdade.