Emanar o que se tem Pode ser tão bom Quanto amar a quem tem Paz na alma viva Cor no corpo e mente E pares de calçados leves E saber diferenciar O tempo do instante É poder relembrar Coisas tão bonitas O tom de algum cabelo E pares de calçados duros Cada pedaço do moço Tem um pouco dela E cada tormento também Todo o espaço do quarto É culto improvisado E cada tormento é um bem Eu caminho sem saber Se vou querer voltar Pra todos os lugares Palcos tão vazios Luzes ofuscantes E pés, enfim, descalços, livres Cada pedaço do moço Tem um pouco dela E cada tormento também Todo o espaço do quarto É culto improvisado E cada tormento é um bem