Batidas na porta da frente é o tempo Eu bebo um pouquinho pra ter argumento Mas fico sem jeito, calado ele ri Ele zomba de quanto eu chorei porque sabe passar e eu não sei Num dia azul de verão sinto vento há folhas no meu coração é o tempo recordo um amor que eu perdi ele ri Diz que somos iguais se eu notei pois não sabe ficar e eu também não sei E gira em volta de mim sussurra que apaga os caminhos que amores terminam no escuro sozinhos Respondo que ele aprisiona, eu liberto Que ele adormece as paixões e eu desperto E o tempo se vai com inveja de mim Me vigia querendo aprender Como eu morro de amor pra tentar reviver No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer Eu posso, ele não vai poder me esquecer