Quando o negro se requebra É a água na pedra que rolou por aí Vem baiana e baticum É a zarabatana e o dardo em só um Quando bate palma O suor da alma Transparece na cor Com malícia e rapa É que o negro escapa Das lições do feitor Quando um negro entra na dança O seu braço é uma lança De guerreiro no ar Na cabeça mato e rocha As fogueiras e as tochas Iluminam o olhar Meus pais Núbia e Nilo Ensinaram os brilhos Pra enfeitar o rancor Com sorriso e farra É que o negro escarra Nas feições do feitor Negro ginga, espanta no pé A mendiga tsé-tsé Xinga que essa língua é de fé Ginga e figa só de guiné