Quando as duas raparigas Cruzaram o seu caminho Vinham perdidas de riso Entre a graça das amigas Ele, que vinha sozinho Ficou bastante indeciso Parou p’ra melhor as ver E, nesse olhar reparando Pararam elas também E, se uma era fogo a arder Pois a outra, em lume brando Queimava como ninguém Loira uma, outra morena Uma acendia desejos Na outra havia mistério E, enquanto da mais pequena Queria abraços e beijos Com a outra o caso era sério Ao pé delas tarde fora Dessas duas raparigas Foi só uma que escolheu E quem se riu chora agora Pois entre invejas e brigas Quase tudo se perdeu E hoje chegou a hora De vos contar as intrigas Porque a escolhida fui eu