Realidade e opressão Sonho criança de então Implorando paz e pão com o pé no chão Jeito vadio, olhar sombrio. Teu destino, teu destino, solidão. E a liberdade tão bela Única amiga de cela Herdeiro e dono do espúrio social Cabelos negros, negros, Dourados ou não Desejo ardente: um dia ser gente Não faminto animal A luz que cintila Companheira que te sorriu Dorme na esquina No abandono deste chão Descamisado pede pai, paz e pão. Descamisado pede pai, paz e pão. Menino de rua Tua casa é a lua E o sol teu irmão Teu jeito moleque A gente não esquece não Menino de rua, a alegria tua. É o meu afã Sou teu amigo e quero contigo Plantar o amanhã.