Falou das donzelas, contou das mundanas E da vizinhança, das velhas sacanas Rodou a cadeira, mostrou a tesoura Lançou um olhar na folhinha Prá bunda da loura Perfume barato, somado com água O talco na nuca, no olhar uma mágoa Na velha parede a frase era quente "não há cu de peruano que agüente" Quem sustentava seu homem Quem apanhava de dia Quem enganava o marido Pois ter filhos nem podia Não se trocavam palavras Um falava e outro ouvia E a testemunha era meu cacho que caia E ele narrando, o caso do enterro do bicha O melhor rabo do bairro, quem comeu Não deixou pista Acabava meu corte, sua obrigação Com 3 meses eu volto, pra lhe ouvir com atenção