A minha vida é um romance De tristeza e de ilusão Eu só sei que o destino Quis me fazer traição Esperança perdida Quando conto minha vida Dói em qualquer coração Eu amei e fui amado Já vivi bem satisfeito Gozei a minha infância E tirei grande proveito Desfrutei a mocidade Nunca pensei que a saudade Viesse morar em meu peito Na festa de Santo Antônio Eu fui dançar no salão Encontrei com uma donzela Que tinha linda feição Eu convidei para dançar E senti o amor entrar Dentro do meu coração Eu perguntei a menina Se ela era comprometida Ela respondeu que não Nunca amei e nem fui querida Aí começou nossa amizade Que deixou a saudade Pro resto da minha vida Após um ano e seis meses Desse namoro da gente Mas o destino não quis Que o nosso amor fosse a frente Mas a morte enfurecida Levou minha querida Que eu amava loucamente Um dia fui avisado que a menina Adoeceu Fui urgente a casa dela Saber o que aconteceu Nessa hora de aflição ela Estava com um lenço na mão Pegou o lenço e me deu Me disse amargurada Para mim não resta mas cura Minha alma vai pra Jesus no Céu E meu corpo pra sepultura Se despediu de seus pais Deu adeus pra nunca mais Nessa hora de amargura Comigo guardei o lenço Que recebi das mãos dela Roxo da cor da saudade Bordado com letras amarela Perdi toda esperança e Hoje só resta a lembrança Do amor que eu tinha a ela As letras do nome dela É um A um M e um B O lenço de minha querida Guardei pra não esquecer Nunca mais eu tive alegria Depois que ela morreu Mas quando de tristeza eu chorar O meu pranto irei enxugar no lenço que ela me deu