Existe perdida, Num canto qualquer da cidade, Uma rua sem sol, E sem felicidade, Triste, de terra batida, De gente mais triste e batida, Pelos socos da vida, Tão cruel de ganhar. Na rua sem sol, ninguém ri, Nem faz batucada, E até a garotada, Já esqueceu de brincar, Quem passar vai pensar, Que a vida parou, E na rua sem sol, Só fantasmas, a vida deixou. Mas no alto da rua sem sol, Há uma luz sempre acesa, Luz que é sol na tristeza, Dessas vidas sem sol. É a esperança no sol, Que amanhã há de vir ! Nesse dia de sol, Essa rua sem sol, Vai cantar... vai sorrir...!