Mais cedo ou mais tarde Você vai voltar Pedindo, implorando Para lhe perdoar Confesso que na hora Sorri e zombei da sua profecia Nos braços de Orfeu Me perdi na orgia Andei por aí Muitos sambas cantei Só mais tarde me lembrei Fiz do meu canto O melhor dos meus versos Sua profecia Mas o meu pranto correu Quando nasceu o dia Confesso que chorei Pelas ruas da desilusão Batendo com amor Em meu coração Pelas ruas da desilusão Batendo com amor Em meu coração Dos amigos nem sequer Me despedi E a boemia deixar, resolvi Guardei viola no saco Subi o morro pro nosso barraco Bati na janela Chamei amorzinho A vida é tão bela Então vamos viver Hoje é coisa rara Alguém gostar tanto Como gosto de você Assim falei Meu amor abriu a porta Voltaste? Voltei Hoje é coisa rara Alguém gostar tanto Como gosto de você Assim falei Meu amor abriu a porta Voltaste? Voltei Olha eu aí Levantando a minha bandeira Levantando poeira Eu sou a gafieira, bem à brasileira Olha eu aí Levantando a minha bandeira E levantando poeira Eu sou a gafieira Vou sorrindo com o meu interior chorando Amargando o meu viver sofrido E assistindo o que se vai passando E vou resistindo Resistindo no meu posto o vendaval da vida Aplaudindo a quem já vai subindo Amparando a quem já vem caindo (E vou sorrindo) Quantos risos de falsa alegria Paraíso sem nenhum valor Lutas pelo pão de cada dia Sustentando a morte do amor Mas vou sorrindo Vou sorrindo com o meu interior chorando Amargando o meu viver sofrido E assistindo o que se vai passando E vou resistindo