Desculpando-se do esbarro Ela pediu-me um cigarro Em gestos muito banais E fazendo-lhe a vontade Eu vi na leviandade As suas credenciais Mostrando não ser idônea Falou-me sem cerimônia E o braço me ofereceu Mas confesso enquanto escuto-a Uma simpatia mútua Entre nós dois floresceu De manhã ao despedir-me Julguei tê-la posto firme No bom caminho do bem Jurando, ela me dizia Que nunca mais pediria Nem um cigarro a ninguém Voltando a noite apressado Ao novo encontro marcado Minha alegria morreu Pois lá no lugar do esbarro Ela acendia um cigarro Que um outro ingênuo lhe deu