Cantar eu cantarei como a cigarra Pela arte ou como farra Para alegrar tristonhos corações Cantar eu cantarei até morrer Farei vibrar farei gemer Os mais sonoros violões Cantar eu cantarei sincero eu digo Para amigo ou inimigo Ou para quem quisera a tempo Me escutar Porém eu trago dentro do meu peito Um coração contrafeito Com vontade de chorar As mágoas que o passado acumulou O meu peito represou Com o dique da desilusão São dores das feridas de minh’alma E nem jó teria calma Do meu pobre coração Tristezas, amarguras Tudo eu tive em profusão Falsos amores sempre em busca Do interesse da traição E cada lágrima contida sem brotar Eu transformei em versos Para lhes poder cantar