Alceu Valença

Borboleta / Ciranda da Mãe Nina / Sabiá

Alceu Valença


Ela é uma borboleta
Pequenina, feiticeira
Anda no meio da noite
Procurando quem lhe queira

Ela é uma borboleta
Pequenina, feiticeira
Anda no meio da noite
Procurando quem lhe queira

Minha camisa
Foi manchada de vermelho
Tem um beijo desbotado
De batom ou de carmim

E a feiticeira
Tem a boca encarnada
Um beijo e uma dentada
Sempre guardados pra mim

A, feiticeira
Tem a boca encarnada
Um beijo e uma dentada
Sempre guardados pra mim

Eu procuro a borboleta
Feiticeira descarada
Pelo batom na camisa
Pela marca da dentada

Eu procuro a borboleta
Feiticeira descarada
Pelo batom na camisa
Pela marca da dentada

Feiticeira

(Dançar a ciranda de Itamaracá)

Minha camisa
Foi manchada de vermelho
Tem um beijo desbotado
De batom ou de carmim

E a feiticeira
Tem a boca encarnada
Um beijo e uma dentada
Sempre guardados pra mim

A, feiticeira
Tem a boca encarnada
Um beijo e uma dentada
Sempre guardados pra mim

Eu procuro a borboleta
Feiticeira descarada
Pelo batom na camisa
Pela marca da dentada

Eu procuro a borboleta
Feiticeira descarada
Pelo batom na camisa
Pela marca da dentada

Vim do Recife
Um rapaz me perguntou
Se na ciranda que eu vou
Se tinha muitas morenas
Eu disse tem
Muita morena mulata
Dessas que a morte mata
E depois chora com pena

Eu procuro a borboleta
Feiticeira descarada
Pelo batom na camisa
Pela marca da dentada

A todo mundo eu dou psiu
Perguntando por meu bem
Tendo coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá vem cá também

A todo mundo eu dou psiu
Perguntando por meu bem
Tendo coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá vem cá também

Tu que andas pelo mundo, sabiá
Tu que tanto já voou, sabiá
Tu que cantas passarinho, sabiá
Alivia a minha dor, sabiá

Tem pena d'eu, sabiá
Diz por favor, sabiá
Tu que voa pelo mundo, sabiá
Tu que tanto já voou, sabiá

Tem pena d'eu, sabiá
Diz por favor, sabiá
Tu que canta pelo mundo, sabiá
Tu que tanto já voou, sabiá