Foi numa ciranda Na estrada de Paulista Lá pras bandas de Olinda Laço branco no cabelo Da menina Severina Da menina Severina Navegando no seu corpo Emoldurado pela chita Com seu corpo navegando No terreiro de Mãe Nina Com seu corpo navegando No terreiro de Mãe Nina Ô cirandeiro, ô cirandeiro Onde anda aquela estrada De Paulista ou de Olinda? Onde laço onde fita Lenço branco da menina? Onde a voz do cirandeiro? Veste chita Severina? Onde anda meu irmão? A ciranda se acabando O sol mordendo a madrugada No compasso da lembrança Eu aqui sem esperança Sem ciranda ou cirandá Ô cirandeiro, ô cirandeiro Vim do Recife Um rapaz me perguntou Se na ciranda que eu vou Se tinha muitas morenas Eu disse tem Dessas morenas, mulata Dessas que a morte mata E depois chora com pena