Quem se condói do meu fado Vê bem como agora eu ando De noite sempre acordado De dia sempre sonhando O amor perturbou-me tanto Que este contraste deploro Querendo chorar, eu canto Querendo cantar, eu choro Querendo cantar, eu choro Curvado à lei dos pesares Não sei se morro ou se vivo Senhor dos outros olhares Só do teu fiquei cativo Por isso a verdade nua Este tormento contém Minh'alma não sendo tua Não será de mais ninguém Não será de mais ninguém