No embalho dum chamamé Vou bater o pé até amanhecer... Nos braços de uma morena A noite é pequena pra se viver! Num jeito bem missioneiro Chego faceiro pra bailar E entro bem "glostorado"... Salão lotado, a ferventar! Morena lindaça...Cachaça buena... Baile de rancho...Sala pequena... "Dançá" apertado...Rosto colado... ...Que vida buena! Me agarro numa clinuca (Flor de flachuda pra um bem-querer) Puxando ela pelo pescoço Não solto o osso, pra convencer! A gaita é só fole e bufo "Güentando" o tufo que o tranco dá. E sigo-tocado a canha- Pela picanha a cutucar! Morena lindaça...Cachaça buena... Baile de rancho...Sala pequena... "Dançá" apertado...Rosto colado... ...Que vida buena! No Cair da madrugada A peonada não frouxa o pé, E entre fumaça e poeira A fuzarqueira é só chamamé! Me embalo com esta dama, Igual chalana no uruguai... E vou, abraçando ela, Abrindo a goela num sapucay! Morena lindaça...Cachaça buena... Baile de rancho...Sala pequena... "Dançá" apertado...Rosto colado... ...Que vida buena! E dizem que a vida é dura A que perdura num peão campeiro! ...Somente se não tivesse Ou se acabassem bailes costeiros! Por isso num chamamé Vou bater o pé até amanhecer... Nos braços de uma morena A noite é pequena pra se viver!