Sempre que passo na volta de uma tropeada Frente ao rancho beira-estrada miro a janela florida Pois sei que lá vive um olhar emoldurado Com ares de abandonado ansiando amor pra vida Por isso quando a manhã encilhou o domingo Encilhei também meu pingo rumbeando pra o corredor Se este é o destino voltarei num bueno upa Com a prenda na garupa e então completo de amor E por regalo levo minha alma inteira Com minha gaita botoneira para um xote lhe cantar Já tô pensando em largar gado e caminho E viver do seu carinho tropeando sonhos de amar A linda boieira se esvai com a madrugada E eu levanto o pó da estrada bombeando o matiz do céu Até imagino meu bem em frente à janela Desvendando os beijos dela sorvendo seu doce mel!