Alberi Silva

Domador Ventena

Alberi Silva


Tom: C

[Intro] C  G  C  G  C

                                      G7
Nosso Rio Grande é a capital dos domadores
                                   C
Sou cantador e defendo esta profissão
                                     G7
Só tem a crina e o palanque de sinuelo
                                          C
Se monta nu puro pêlo, sem basto e sem pelegão
                                    G7
Frouxo o buçal e a gueixa sai corcoveando
                                          C
Chega ir orneando, credo em cruz, Virgem Maria
                        C7
Finca-lhe a espora que inté' chega dá um estouro
                    F                          C
E arranca lasca de couro da paleta e da viria
                         C7
Finca-lhe a espora que inté' chega dá um estouro
                     F                         C
E arranca lasca de couro da paleta e da viria
                               G7  
O domador, sendo bom, monta sozinho
                               C
Sem amadrinho num pelado de rodeio
                                 G7
Saindo salvo, deixa o resto que se perca
                                      C
Se a égua se for pra cerca, derruba a cabo de reio
                                  G7
Levanta tonta e o peão monta de novo
                                C
Não tem retovo prum ginete macanudo
                   C7
Cabo de mango serve de alfafa pra ela
                     F                              C                   
Finca a espora nas costela' e atora com osso e tudo
                   C7
Cabo de mango serve de alfafa pra ela
                     F                              C
Finca a espora nas costela' e atora com osso e tudo
                                     G7
Um peão de estância é estropiado de serviço
                                 C
Garra por vício de domar égua aporreada
                                G7
Salta pro lombo e se manda campo fora
                                               C
Só se ouve o tinir da espora no fundo de uma invernada
                                       G7
Dá-lhe um gritito: -Te ajeita, bagual crinudo!
                                C
Chibo beiçudo, desce ladeira e peral
                      C7
Diz o peão véio': -Tu te mexe e eu me mexo
                      F                              C
Hoje, eu te puxo do queixo, te quebro a cabeça a pau
                       C7
Diz o peão véio': -Tu te mexe e eu me mexo
                      F                              C
Hoje, eu te puxo do queixo, te quebro a cabeça a pau
                                  G7
Um aporreado veiaqueando' é coisa feia
                                   C 
Murcha as oreia' e não faz conta do bocal
                                  G7
Baixa a cabeça e esquece inté' da manada
                                   C
E vai abrindo picada no meio do macegal
                                    G7
Dali um pouquito, o bagual vai se acalmando
                                     C
Vai se entregando já cansado que dá pena
                            C7
Esmorecido de tanta espora e mangaço
                 F                            C
Mas reconheceu o braço de um domador ventena
                 C7
Esmorecido de tanta espora e mangaço
                 F                            C
Mas reconheceu o braço de um domador ventena