Olhando o cais, quanto tempo faz! Encontros e despedidas Olhando o cais, que hoje não é mais Chegadas nem partidas Um rio vem o outro vai Nem lavam mais tuas escadas O tempo escondeu Ninguém quer saber dos degraus Nem com quantos paus Se faz a canoa do amor Meu canto é de paz Meu canto é pro cais É farol sinalizador Vocês se lembram Das tardes de domingo na beira do cais O onde hoje já não se namora mais Nem se ver botos brincando no encontro das águas Solto a minha mágoa Desamarro o grito eu sou o teu cantor E em meio ao conflito de progresso e dor Sou o teu menino, sou âncora de amor