A flor de maio se abre na relva O tempo me enleva em delírios febris Revelando meu jardim secreto Mistérios em cada matiz O som que me chama, bromélias e ramas Jamais se reuniu tanta beleza E, pelo caminho, abelhas e ninhos Poesia da natureza Voa, Panapanã! Quero-quero desenhar Ilusão no seu olhar Panapanã, beija a flor do meu jardim Decifrando a harmonia que existe em mim Sigo ao mar feito rio Envolto em fascínio por seres e lendas Nas águas, a dança da vida Que a sabedoria desvenda Memória da Alemanha que um dia deixei História escrevi no Brasil que amei Jamais negará a ciência Quem vê a verdade em cada evidência Em cartas, vislumbrei evolução! Um príncipe de pés no chão Bate o tambor, batuqueiro! Bate o tambor! Esse batuque é de arrepiar No canto da massa, o povo me abraça É Consulado que me faz sonhar!