Quem quer tirar da face o meu disfarce de mulher? Tirar a dor das ondas infernais Que aos poucos me desfaz Fazendo enlouquecer Tirar o sangue infrene que os chacais fazem perene Dentro em mim Ah, quem quer me suplicar um doce beijo? Numa sólida paixão Sem que a trama da ilusão Me prepare a traição vil e cruel Quem quer guardar meu pranto num recanto vão qualquer? Deixar-me entorpecida de amor Sedenta pela dor de me sentir mulher Mas, se nada houver, vou morrer E hei de morrer voltando a ser A mesma atriz vestida em dor Morta e feliz Fingindo amor