O mais surpreendente da vida Não só pela extensão, pela ousadia Mas também pelas surpresas que foram surgindo ao longo do caminho Conheci o Negrinho lá na barranca do Rio Calafetando caíco, lida dura pra índio guapo Na pescaria da vida é bem apurado e rico Andando em cima das águas seguro em seu caíco Talvez posso chamar de calafetador Ou quem sabe pescador afamado do Rio Gaúchão de respeito e brincalhão Fisgado da velha costa Que o tempo não engoliu O melhor caiqueiro que este Rio Grande já viu De vez em quando remenda a chalana Toda furada de bala e rachaduras derramando calafeto Quente pra tampa os buracos, curando as trincadura A vida não é fácil não, a pesca não anda boa Ainda mais que não se aproa com a injusta competição Mas é dono do seu destino, parece viver tranquilo Feliz é este menino com paz em seu coração Talvez posso chamar de calafetador Ou quem sabe pescador afamado do Rio Gaúchão de respeito e brincalhão Fisgado da velha costa Que o tempo não engoliu O melhor caiqueiro que este Rio Grande já viu