Nunca parto inteiramente, não me dou à despedida As águas vão simplesmente presas à sua nascente é do seu modo de vida Fica sempre qualquer coisa qualquer coisa por fazer Às vezes quase lamento mas são coisas que eu invento com medo de te perder Deixei um livro marcado e um vaso de alecrim Abri o meu cortinado fiz a cama de lavado para te lembrares de mim Nunca parto inteiramente Vivo de duas vontades: uma que vai na corrente, a outra presa à nascente fica para ter saudades